Aterrissando na Coreia do Norte, eu esperava nada além de um silêncio sepulcral e olhares desconfiados. Em vez disso, fui recebido com um desfile de boas-vindas, coreografias impecáveis e sorrisos radiantes. Aparentemente, minha visita coincidia com o 'Dia Nacional do Turista Ocasional'. A Coreia do Norte, notória por seu regime recluso, de repente se transformou em um paraíso de hospitalidade e efervescência cultural.
Meu guia, Kim, um jovem entusiasta com um inglês surpreendentemente fluente, explicava as maravilhas da tecnologia norte-coreana. 'Aqui, nossos smartphones não precisam ser carregados. Eles absorvem energia do nosso incansável espírito revolucionário', disse ele, apresentando um dispositivo que parecia desafiar as leis da física. Fiquei ainda mais surpreso ao descobrir que a Coreia do Norte havia resolvido o problema global de energia renovável, utilizando uma fonte misteriosa chamada 'Determinação inabalável'.
Durante a visita, experimentei a gastronomia local, que, para minha surpresa, era tanto exótica quanto deliciosa. O prato principal? Uma saborosa combinação de kimchi com ingredientes que, segundo me disseram, foram colhidos diretamente dos jardins pessoais do Supremo Líder. Ao questionar sobre as inovações agrícolas, fui informado de que as técnicas de cultivo sob a orientação do Supremo Líder garantiam colheitas abundantes, independentemente das condições climáticas.
A cereja do bolo foi a visita ao 'Museu da Humildade Suprema', dedicado inteiramente aos 'modestos' feitos do líder supremo. Entre as exposições, uma se destacava: uma estátua interativa do Supremo Líder, capaz de sussurrar palavras de sabedoria e encorajamento para os visitantes. 'Ele realmente se preocupa', foi o que me disseram, enquanto olhava para a estátua com uma mistura de admiração e perplexidade.
Conforme minha viagem à Coreia do Norte se aproximava do fim, não pude deixar de me maravilhar com a engenhosidade e o carisma de um país tão frequentemente mal compreendido. A despedida foi tão calorosa quanto a recepção, com promessas de que a 'porta sempre estaria aberta' para um retorno. Deixando para trás o país do inesperado, percebi que a verdadeira Coreia do Norte é um lugar de maravilhas, onde o impossível se torna cotidiano e as lendas urbanas são simplesmente rotinas diárias.